Viagem
Rumo ao infinito dos teus olhos, meu coração navega impávido, inalterado, tentando alcançar as ondas do teu pensamento. Para onde partes amor? Leva-me contigo na lembrança, deixa em mim a saudade. Transporta-me para o silêncio do universo em teu olhar. A minha viagem começa e termina em ti, e ao chegar ao meu destino quero ter-te junto a mim. Anseio pelo regresso da poesia em ti descrita, como centelhas de uma vida consumida. Para onde partes amor? Fica em mim a mágoa, vai contigo o meu desespero. Como onda no oceano em ti perdida, como grão de areia no deserto do teu corpo. Sou levada pelo vento ao mar do meu desejo, na esperança de te poder encontrar. Enxurrada de lágrimas e sofrimento, por te querer e não poder me entregar. Para quem não entender o que escrevi, garanto que fui escrevendo sem sequer pensar, as palavras iam surgindo na minha cabeça e eu limitei-me a passá-las directamente para o blog, nem sequer corrigi, limitei-me a deitá-las cá pra fora, na esperança de que haja alguém que entenda aquilo que aqui escrevi.
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O Palco
É inverno, e a chuva cai lá fora, mais forte que nunca, e eu aqui, sonhando com o que poderia ser. Longe milhares de gritos ecoam em minha mente, tento imaginar um palco, banhado de luzes intensas, e coloco-te lá, no centro das atenções, sendo admirado pelo mundo inteiro. Quem me poderá acusar de ser tão sonhadora? Não é crime sonhar, nem é crime te amar. O dia parece cada vez mais longo, a chuva cai sem cessar, e eu aqui, chorando, olhando a rua deserta, pensando no que farás neste momento. Na minha cabeça, a imagem de um palco, e tu lá, no centro das atenções, as vozes gritando, e eu, que mais posso fazer, senão ficar sonhando, imaginando-me ali, gritando por ti, chamando-te. Eu choro, sentada no meu quarto, triste, sozinha, porque não te estou vendo naquele palco, banhado por luzes intensas, bem no centro das atenções, fazendo vibrar meu coração.
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Limpezas...
Hoje resolvi fazer umas arrumaçõezinhas, porque já estava a ficar tudo desorganizado, limpei aqui e ali, mudei umas tralhas de lugar, arrumei outras um pouco melhor e... voilá... Acho que agora está um bocadinho melhor.
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Quantas vezes nesta vida, nossa alma é ferida, e cantamos a soluçar. Quantas vezes nós nos rimos, escondendo o que sentimos, com vontade de chorar.
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"Nunca deixes aquilo que amas, por aquilo que desejas, pois aquilo que desejas te deixará por aquilo que ama."
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Quem diria que disseste sem querer talvez, que sim palavras que não escreveste mas ficam escritas em mim
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Sonho
...A beleza do rosto era quase indiscritível, os olhos de um tom indefinido, e os cabelos molhados, a pele clara, aquecida pelo sol de verão, descalço, delicado no andar, parecia não pisar a terra. Eu vi-o, mas estava só! E naquela pequena enseada, quem seria capaz de acreditar no que não seguia o curso do sonho e da imaginação? Depois, sem um gesto, sem um sorriso, sumiu-se na volta da encosta, que se revestia de densa vegetação, como se o céu metesse a natureza ali implantada, numa estufa - cerro invisível e tropical, luxuriante e fortemente húmido -. Só mais tarde fui despertada por uma voz que pronunciava o meu nome. Estive alguns momentos sem me voltar, e quando finalmente me voltei, reparei que não estava só, recordaram-me que era hora de regressar. Nunca vira nada tão belo, os seus olhos de brilho de muitos sóis, quase confundiram a água muito azul e a luz ofuscante da areia fina á minha volta, transformando-as em simples imagens desfocadas. Nada se poderá comparar à doce magia desse momento!...
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O descanso dos guerreiros
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Os teus olhos
Os teus olhos são únicos! Quando olho para eles, dizem-me coisas tão lindas. Tão lindas, que é difícil acreditar que possam dizer tais coisas. Mas eu acredito, porque os olhos não mentem. Quem me ouve dizer isto, pensa que estou louca, pois os olhos não falam. Mas os teus... os teus são diferentes, diferentes de todos os outros. Os teus olhos falam comigo, e dizem tantas coisas, que ás vezes um simples olhar vale mais que mil palavras. E para quê falar, se podemos dizer tudo sem emitir um único som? É por isso que estou presa nos teus olhos, porque eles falam comigo, e com as coisas que dizem, prendem-me. E é por isso, que só quero estar onde tu estás, porque gosto de ser tua prisioneira!
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Elogio
Na noite calma e serena, contigo sonhei. Na escuridão luminosa, eu te inventei. Na luz da lua, eu vi o teu rosto. Na luz do sol, eu vi o teu corpo. Eu sempre te procurei, bem de longe eu te segui, mas quando tu me olhaste, nos teus olhos me perdi. Eu me perdi, no brilho do teu cabelo, na luz dos teus olhos, no pecado da tua boca, na ilusão dos meus sonhos. Eu me perdi, na minha paixão, na minha loucura, no teu coração, na minha aventura. Eu me perdi, no meu coração apaixonado, no teu olhar sedutor, no teu sorriso carinhoso, na tua voz de amor. Eu me perdi, tu me encontraste, e te tocar eu consegui, mas quando tu me beijaste... nos teus braços me perdi!...
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Este amor
Grito ao vento as ânsias do meu ser, acordo na noite gritando o teu nome, mas em vão, porque tu não estás. A névoa fria em que te escondes, deixa-me sem forças para lutar. Penso em rever-te na minha memória, luto para ter-te junto a mim, mas as horas não passam, e me entrego a este silêncio sem fim. Coloco a teus pés o meu coração, dedico a minha vida em teu favor, segura de que um dia virás, para sempre morar em mim. Calo meu desejo de te ter, guardo em meu peito este temor, tentando que tu vejas que eu te amo, te mostro sem palavras o meu amor. Construo lentamente a minha prisão, me amarro fortemente em tua vida, sinto medo de enfrentar a solidão, e receio para sempre andar perdida. Preciso do teu amor para viver, necessito saber-te dentro de mim, vivo apenas na esperança de um dia, receber amor vindo de ti.
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Uma lágrima
Uma lágrima chorei, do meu rosto ela caiu, por muito amar alguém, que isso nunca viu. São lágrimas de quem ama, por um amor que se perdeu, são lágrimas de um amor passado, mas que nunca se esqueceu. Por uma lágrima eu vi, o quanto eu errei, pois só mais tarde descubri, que magoei quem tanto amei. Só quero não errar, e essa lágrima esquecer, nunca mais quero chorar, por quem não a merecer. Mas outra lágrima chorei, desta vez de felicidade, pois mais uma vez achei, quem eu amo de verdade. Erros não vou fazer, por tudo vou lutar, prefiro mesmo morrer, a uma lágrima chorar.
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Apelo
Porque não vens agora, que te quero, e adias esta urgencia? Prometes-me o futuro e eu desespero, O futuro é o disfarce da impotência... Hoje, aqui, já, neste momento, ou nunca mais. A sombra do alento é o desalento O desejo o imite dos mortais. ( Poema de Miguel Torga)
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...
Perdi-te... Perdi-te para sempre! Mesmo sem ter a certeza que te perdi, sinto dentro de mim, que nunca serás meu. Sei que te perdi para todo o sempre, e tenho de te deixar ir. Mas as cicatrizes, essas ficarão, eternamente. E apesar de te ter perdido, e uma parte de mim ter morrido, vou reconstruir a minha vida, para não me perder... também...
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Eu vivia angustiada e triste, na solidão do meu quarto. Mas um dia, eu olhei bem para o mundo, e então tudo mudou, porque te encontrei. Num canto, longe de tudo e de todos, tão angustiado quanto eu, revoltado contra o mundo e contra tudo o que nele te fazia infeliz, não querendo amar com medo de ser magoado. Então, enchendo-me de coragem, eu saí para a rua, e caminhei até onde tu estavas. Conversámos durante um longo tempo, e descobrimos que não estávamos sós, tinhamos tanto em comum. E depois desse dia, já não mais olhámos para o vazio em nossas vidas, mas passámos a encarar a vida de um jeito completamente diferente, do que tinhamos feito até então, e vimos que as nossas vidas não eram um vazio, mas sim um mundo por descobrir.
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Decepção!!!
Falaste-me em amor? Onde está ele? Onde se perdeu? Algures no mar de dor, que me ficou, quando o teu amor morreu. Falaste-me em felicidade? Onde está ela? Que rumo tomou? Na estrada nua da saudade, que da tua ausência me ficou. Falaste-me de esperança? Onde está ela? Para onde foi? Para aquele mar despido de bonança, que tomou conta do meu coração que dói. Falaste, falaste, mas tudo passou... Ficou somente em meu coração todo o amor, que um dia tão livremente brotou... Ficou em meu peito a dor de um amor, que outra mulher me roubou, deixando-me este triste e amargo sabor...
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Pegadas na areia
Uma noite eu tive um sonho... Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do céu, passavam cenas da minha vida. Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor. Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor: - Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho. O Senhor me respondeu: - Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de provas e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços.
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Importância!
Quando te conheci, achei-te uma pessoa igual ás outras. Toda a gente te beijava... menos eu! Toda a gente te abraçava... menos eu! Toda a gente dizia amar-te... menos eu! Um dia, partiste e... toda a gente te esqueceu... menos eu!
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Sofrimento...
Incertezas, dúvidas, angústias, tudo passa pelo meu espírito, perturbado pela tua ausência. Sinto que perco o controlo dos meus actos, dos meus sentimentos e emoções, da minha vida. Toda a minha resistência se esvai de mim, e o desespero tenta se apoderar da minha mente, da minha alma. Tento escapar, mas não tenho força para lutar contra este sofrimento. Sinto-me insegura, perante tantos obstáculos que se apresentam no meu caminho, e o optimismo deu lugar a esta incerteza que me perturba. Revolto-me contra mim mesma por te amar tanto, mas não te consigo esquecer, apesar deste amor me magoar demais, e agora, mais que nunca, preciso de ti, porque sem ti, este desespero me afunda, e esta inquietude me mata.
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