Sonho

...A beleza do rosto era quase indiscritível, os olhos de um tom indefinido, e os cabelos molhados, a pele clara, aquecida pelo sol de verão, descalço, delicado no andar, parecia não pisar a terra.
Eu vi-o, mas estava só!
E naquela pequena enseada, quem seria capaz de acreditar no que não seguia o curso do sonho e da imaginação?
Depois, sem um gesto, sem um sorriso, sumiu-se na volta da encosta, que se revestia de densa vegetação, como se o céu metesse a natureza ali implantada, numa estufa - cerro invisível e tropical, luxuriante e fortemente húmido -.
Só mais tarde fui despertada por uma voz que pronunciava o meu nome.
Estive alguns momentos sem me voltar, e quando finalmente me voltei, reparei que não estava só, recordaram-me que era hora de regressar.
Nunca vira nada tão belo, os seus olhos de brilho de muitos sóis, quase confundiram a água muito azul e a luz ofuscante da areia fina á minha volta, transformando-as em simples imagens desfocadas.
Nada se poderá comparar à doce magia desse momento!...
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